CONTE AS ESTRELAS DO CÉUEstivemos de férias, com a família, na terra das Gerais, na segunda quinzena de julho, onde fizemos uma viagem muito abençoada. Passando pelo Sul de Minas, ( tanto na ida quanto na volta ) era tempo de morangos. Quem disse que os mineiros só gostam de queijos? Afora os morangos, os queijos, o ar puro, a Serra da Mantiqueira, a Serra do Espinhaço, o café das Gerais, fomos passar alguns dias no sítio de minha mãe. Ali tivemos bons momentos com Deus que gostaríamos de repartir.
Eu tinha 13 anos, quando meu pai comprou um sítio novo, no Vale do Rio Caratinga, afluente do famoso Rio Doce. Ali, fiquei até os 18, quando então vim para São Paulo em busca de trabalho e de um curso superior. Fui bem mais abençoado nesta mudança do que imaginava. Me tornei um crente em Cristo, tão logo me vi longe da minha família. Na época, meus pais, muito católicos, ficaram extremamente desgostosos, mas tempos depois, também aceitaram Jesus. Primeiro, minha mãe, depois meu "velho" que, hoje, já está com o Senhor.
Sempre que subia, em férias, de São Paulo para Minas, tinha meus momentos especiais de oração com Deus, no princípio da noite. E, nos dias anteriores à lua nova, principalmente no inverno, eu orava, enquanto caminhava, pelas estradas do sítio à luz de um céu cheio de estrelas. E nesta viagem não foi diferente.
Coincidindo as nossas férias com o final do quarto-mingüante, portanto sem claridade, o céu parecia desfilar diante de nós todas as estrelas, inclusive suas nuvens de luz, brancas como leite - de onde se origina o nome: "Via Láctea". Ali, pude convidar minhas filhas, minha esposa, parentes, para subirmos ao terraço e contemplar a beleza do céu, que é desconhecida nas cidades devido ao excesso de claridade.
Nesta mensagem, vou compartilhar algo mais, ou seja, o que o meu espírito ouviu do Espírito de Deus nesse mesmo lugar. E o tema é sobre o processo que Deus usou para amadurecer a fé de Abrão: contar as estrelas.
Se você for examinar de perto a vida de Abraão, vai ver que o Senhor, o Deus Altíssimo, falou com ele pelo menos oito vezes. Me identifico com muito Abrão, porque tivemos que deixar nossa terra, nosso povo, nossa parentela, para sermos salvos e prósperos no Senhor. E, sempre que tenho a oportunidade de olhar para um céu estrelado, em toda sua plenitude, me lembro da ocasião em que "El Shadai" mandou Abrão olhar para o céu e contar as estrelas. Abrão não era um crente no princípio. Sua fé foi sendo acrescentada aos poucos. Ler Gênesis 15: 1 ao 6.
Então, a primeira vez que Deus falou com Abrão, está em Gênesis 12:1. Ele estava em Ur da Caldéia.O verbo está no imperativo: " sai-te", portanto foi uma ordem para sair da sua terra, do meio da parentela e da casa de Terá. O Destino seria uma terra, que ele só conheceria no futuro, se saísse. As vantagens seriam: poder, fama e motivo de prosperidade para todas as famílias da terra. Abrão deve ter saído com interesse nessas coisas. E, junto com ele, foram o pai e o sobrinho. No meio do caminho, em Harã, antes de chegar na tal terra, o pai morreu. Mas, o sobrinho continuou. Iam ficando ricos, enquanto seguiam em frente.
A segunda vez que o Senhor lhe apareceu , foi para lhe dizer que a Terra de Canaã, onde chegara, era a sua Terra Prometida. Abrão tinha um segredo, uma profunda frustração, que Deus conhecia bem. Disse Deus: " A tua semente vou dar esta Terra." Provocando seus sentimentos. Mas aconteceu uma surpresa na terra prometida: a fome!
E veio uma grave fome sobre a Terra de Canaã. Por isso, Abrão desceu à terra do Egito. Ló, o sobrinho, continuou junto. Como "bons" negociantes do Oriente, uma mentirinha aqui, outra ali, não faria mal... e, foi assim, por causa de uma mentira que, tempos depois, o Faraó os expulsou do Egito. Eles saíram ricos. Muito ricos em gado, ouro, prata, criados, escravos, de volta à Canaã.
Mas, Era gado de mais e terra de menos, e isso foi o estopim de contendas entre os pastores do tio e os do sobrinho. Assim, finalmente, Abrão chegou ao último ponto da exigência de Deus: sair do meio da sua parentela. Deixou o sobrinho escolher, primeiro, os pastos. O sobrinho, com muita esperteza, escolheu os melhores, que eram pastos da Campina do Jordão. O Tio ficou com o resto, os pastos piores.
SEPARAÇÃO ENTRE LÓ E ABRAÃO
Por isso, pela terceira vez o Senhor apareceu para um Abrão só; sem o sobrinho. E, Abrão tinha tudo: ouro, gado, mais de 300 homens de guerra; cerca de 1.000 pessoas serviam-no. Ou quase tudo. Sua família, de verdade, agora era constituída de dois velhos: Sara e ele próprio. Ao olhar as famílias dos servos, dos escravos, ele podia observar que eles tinham filhos. Todo seu ouro, prata, gado, escravos não eram o bastante para fazer nascer um herdeiro legítimo de um casal de velhos. Conhecendo Deus a sua frustração - e Ele conhece as de todo mundo - inclusive as suas e as minhas - apareceu e disse: Abrão! levanta, agora, seus olhos e olha toda esta Terra, para o Norte, para o Sul, para o Oriente e para o Ocidente - toda esta terra que vês, te hei de dar a ti e à tua semente, para sempre. Esta promessa, a mais valiosa para Abrão, somente foi pronunciada depois que ele cumpriu a vontade de Deus, que era a de estar separado de sua terra, do meio da casa do pai e da parentela.
E, Deus não ficou somente nestas palavras, continuava lhe provocando: "A tua semente, Abrão, será como o pó da terra. Levanta-te e percorre com seus olhos essa terra, no seu comprimento e na sua largura, porque a ti darei". A partir desse ponto, o coração de Abrão não estava mais apenas nas suas posses. Deus queria despertar nele um novo sonho. Mas Abrão nem de longe pensava nisso, continuava frustrado. não sabendo que "Aquilo que nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam" I Coríntios 2:9. Creia nesta palavra.
Deus lhe apareceu pela quarta vez, e foi depois seu retorno da guerra que participou para resgatar o sobrinho e família, o tal das campinas do Jordão. Armado com 318 homens conseguiu recuperar tudo. Na volta deu o dízimo daquilo que foi recuperado. Agora ele tinha certeza de que por trás da sua prosperidade estava a boa mão de "El Shadai". Mas a guerra fez Abrão tremer. E, Deus apareceu para lhe dizer: " Não temas Abrão, eu sou o teu escudo ( segurança na guerra) e o teu grandíssimo galardão" O significado dessa palavra, galardão, para Abrão ainda era desconhecido.
E, foi nesta vez que Abrão abriu seu coração: "Senhor, me falta uma coisa para que esta casa seja feliz de verdade. Eu não tenho filhos, e o meu herdeiro vai ser o mordomo, o estrangeiro Eliezer. E veio a palavra do Senhor ao espírito de Abrão dizendo: "Este mordomo, não vai ser o teu herdeiro, mas aquele que gerar de ti será, este sim, o teu herdeiro".
VIA LÁCTEA E O CRUZEIRO DO SUL
E, levou-o para fora e ordenou OLHA, agora, para os céus e e conta as ESTRELAS, se as puderes contar. E concluiu: "Assim, será a tua semente". Contar estrelas, aqui, significa reacender sonhos. Assoprar novamente as cinzas. Pode ser que ainda tenha ali uma pequena brasa acesa. Aprendi sobre isso, depois de 11 anos de desemprego. Minha melhor oportunidade veio quando eu já estava "velho" com 48 anos. Quanta frustração naqueles 11 anos, mas Deus não me deixou envergonhado.
Minha vizinha, Andrea, recebeu da mesma bênção de Abrão. Ela, seu esposo e seus amigos oraram 17 anos por um filho. Certo dia, ela foi humilhada por outra vizinha que disse mais ou menos isso: "Cadê o seu Deus? Eu tenho dois filhos e você nenhum!" Sabe o que aconteceu? Passaram-se 17 anos. Quando veio 18º ano de casamento, Deus disse "Basta!" E lhe deu o primeiro filho. Um ano depois, uma filha. Um casal, herança de nosso Deus. Deus pisou na língua do diabo, e está bênção, depois de 18 anos de frustração, sempre alegre nossos corações.,
A essa altura, Abrão já possuia mais intimidade com o Senhor. Entretanto, ele também era uma pessoa apressada, não gostava de perder tempo. E quase pôs tudo a perder. Ouvindo os conselhos da esposa, achou poderia ter um filho com a escrava. E, Agar concebeu e deu o primeiro filho de Abrão, que foi Ismael, o pai do povo árabe. Mas filhos de escrava não tinham direito a herança. Isso, foi o resultado do que sempre acontece, quando trocamos a voz de Deus por conselhos racionais. O que Deus tem para nós são coisas grandes. É preciso crer nisso: Deus, não é deus de miséria. Ele nos ama.
Quando Ele fala, se formos fiéis, nosso espírito sentirá uma paz incomum. Quando a voz não é Dele, nosso coração fica com dúvidas. E, se decidirmos com dúvidas o maligno pode roubar nossas bênçãos verdadeiras. Abrão perdeu 14 anos de seu tempo por uma decisão errada. Ele seguiu a voz da razão porque achava loucura receber sua maior vitória no tempo da velhice.
Em Gênesis 17, Deus apareceu pela quinta vez a Abrão. Este era da idade de 99 anos. Sara, sua esposa, devia ter 89 anos. Um casal de velhos " gagás", como se diria hoje. Nesta oportunidade, Deus lhe cobrou santidade: "Eu sou o Deus Todo Poderoso; anda, Abrão, em minha presença e sê perfeito". Em seguida,trocou o nome dos dois. Agora, eram Abraão e Sara! A promessa de um filho, naquela idade, fora motivo de risos por parte dos dois. Risos de singela incredulidade. Eles ainda não acreditavam completamente. Foi aqui que Deus deu nome ao sonho de Abraão: ISAQUE!
Caro leitor, aqui, vamos fazer uma nova pausa. Antes de conhecermos completamente o poder de Deus, costumamos carregar lá no fundo do "baú" as mais diversas frustrações. Montanhas de impossibilidades. Dias desses postamos dois versículos no Orkut: Gênesis 18:14 "Há alguma coisa difícil para Deus realizar? E, Lucas 1:37 "Porque para Deus nada é impossível!" Esses dois versículos já tinham a ver com esta mensagem.
Na sexta o Senhor lhe apreceu pessoalmente, com dois anjos na forma de visitantes. Gênesis 18. Sara ainda tinha dúvidas. Deus veio para confirmar que dali a nove meses, a partir daquela visita, o ISAQUE IA CHEGAR. Também avisou a Abraão sobre a destruição de Sodoma e Gomorra. No capítulo 21, Isaque nasceu. Isaque significa riso. Riso, porque se alguém soubesse da história, com certeza riria. E cresceu o menino e Abraão fez um grande banquete no dia em que Isaque foi desmamado. Os risos da alegria verdadeira invadiram aquela casa. Ela deixou de ser uma tenda de velhos tristes e rabujentos para ser um lar radiante e barulhento. A "loucura" do que Deus pode fazer.
Isaquinho era o príncipe daquele lar. Abraão não tinha mais frustração. Não tinha mais sonhos. Isaque era tudo. Sua fé ainda não tinha sido posta à prova. Era um crente em Deus crescido no verão, em tempos de chuvas, em tempos de bênçãos. Ouro, prata, gado, criados, escravos e por fim, o Isaque. As lutas tinham sido até pequenas até ali.
E veio então a sétima vez que o Senhor lhe apareceu. E lhe pôs à prova.
Rembrandt
_Abraão, disse Deus, toma, agora, o teu único filho, Isaque, a quem amas e vai a terra de Moriá, e o sacrifica, e o oferece em holocausto a mim. Então, Abrão se levantou e foi cumprir a ordem de Deus. Só não a cumpriu, literalmente, porque o próprio Deus enviou um anjo para impedir.
Naqueles três dias, que caminharam até próximo do Monte Moriá, Abraão teve para meditar profundamente na gravidade do seu compromisso. Ele decidiu certo. Ia obedecer a ordem de Deus. Uma ordem cruel e duríssima. No seu coração ele tinha uma coisa: paz com Deus. Ele cria em Deus. O mesmo Deus que dava filhos a velhos gagás, proveria uma solução para o caso. Assim, chegou Abraão a conclusão de que Deus era tudo para ele. Lhe daria o primeiro lugar Isaque já estava no segundo plano. Tal atitude comoveu o coração de JEOVÁ. A fé de Abraão atingira a maturidade completa: chegara à perfeição, pois, agora, trocaria tudo para agradar e fazer a vontade de Deus. Abraão amava o Senhor de todo o coração.
Por causa da fé de Abraão, são abençoadas todas as famílias da terra. O Isaque simbolizava Jesus Cristo, o único filho do Deus Vivo, do Deus Altíssimo, do Deus Eterno, do Deus Todo Poderoso. Jesus descendia de Abraão. O seu sangue no sacrifício da cruz do calvário é o suficientemente necessário para que todos que nele crêem possam chegar diante do Pai e alcançar a paz da reconciliação.
E, uma vez reconciliados por Cristo, podemos confiar em seu amor. Se você apresentar a Ele, em oração, suas frustrações, suas feridas, suas limitações, suas quedas, saiba que Cristo pode trocar todas elas por sonhos e novas visões. Olhe, para o céu da noite e conte as estrelas. Seja fiel; Romanos 12:2 o Senhor cumprirá o desejo do seu coração; Salmo 37:4.
Nota:
Se o Espírito Santo tocou seu coração enquanto lia esta mensagem, lhe peço duas coisas: indique a leitura deste Blog para as pessoas do seu convívio. E, não se esqueça de deixar o seu comentário. Nós oramos para escrever, justamente, com o propósito de levar uma palavra de Deus para alguém que está precisando dela.
Autoria: Joao Cruzue
A cópia é livre , se mencionar o crédito.
Eu tinha 13 anos, quando meu pai comprou um sítio novo, no Vale do Rio Caratinga, afluente do famoso Rio Doce. Ali, fiquei até os 18, quando então vim para São Paulo em busca de trabalho e de um curso superior. Fui bem mais abençoado nesta mudança do que imaginava. Me tornei um crente em Cristo, tão logo me vi longe da minha família. Na época, meus pais, muito católicos, ficaram extremamente desgostosos, mas tempos depois, também aceitaram Jesus. Primeiro, minha mãe, depois meu "velho" que, hoje, já está com o Senhor.
Sempre que subia, em férias, de São Paulo para Minas, tinha meus momentos especiais de oração com Deus, no princípio da noite. E, nos dias anteriores à lua nova, principalmente no inverno, eu orava, enquanto caminhava, pelas estradas do sítio à luz de um céu cheio de estrelas. E nesta viagem não foi diferente.
Coincidindo as nossas férias com o final do quarto-mingüante, portanto sem claridade, o céu parecia desfilar diante de nós todas as estrelas, inclusive suas nuvens de luz, brancas como leite - de onde se origina o nome: "Via Láctea". Ali, pude convidar minhas filhas, minha esposa, parentes, para subirmos ao terraço e contemplar a beleza do céu, que é desconhecida nas cidades devido ao excesso de claridade.
Nesta mensagem, vou compartilhar algo mais, ou seja, o que o meu espírito ouviu do Espírito de Deus nesse mesmo lugar. E o tema é sobre o processo que Deus usou para amadurecer a fé de Abrão: contar as estrelas.
Se você for examinar de perto a vida de Abraão, vai ver que o Senhor, o Deus Altíssimo, falou com ele pelo menos oito vezes. Me identifico com muito Abrão, porque tivemos que deixar nossa terra, nosso povo, nossa parentela, para sermos salvos e prósperos no Senhor. E, sempre que tenho a oportunidade de olhar para um céu estrelado, em toda sua plenitude, me lembro da ocasião em que "El Shadai" mandou Abrão olhar para o céu e contar as estrelas. Abrão não era um crente no princípio. Sua fé foi sendo acrescentada aos poucos. Ler Gênesis 15: 1 ao 6.
Então, a primeira vez que Deus falou com Abrão, está em Gênesis 12:1. Ele estava em Ur da Caldéia.O verbo está no imperativo: " sai-te", portanto foi uma ordem para sair da sua terra, do meio da parentela e da casa de Terá. O Destino seria uma terra, que ele só conheceria no futuro, se saísse. As vantagens seriam: poder, fama e motivo de prosperidade para todas as famílias da terra. Abrão deve ter saído com interesse nessas coisas. E, junto com ele, foram o pai e o sobrinho. No meio do caminho, em Harã, antes de chegar na tal terra, o pai morreu. Mas, o sobrinho continuou. Iam ficando ricos, enquanto seguiam em frente.
A segunda vez que o Senhor lhe apareceu , foi para lhe dizer que a Terra de Canaã, onde chegara, era a sua Terra Prometida. Abrão tinha um segredo, uma profunda frustração, que Deus conhecia bem. Disse Deus: " A tua semente vou dar esta Terra." Provocando seus sentimentos. Mas aconteceu uma surpresa na terra prometida: a fome!
E veio uma grave fome sobre a Terra de Canaã. Por isso, Abrão desceu à terra do Egito. Ló, o sobrinho, continuou junto. Como "bons" negociantes do Oriente, uma mentirinha aqui, outra ali, não faria mal... e, foi assim, por causa de uma mentira que, tempos depois, o Faraó os expulsou do Egito. Eles saíram ricos. Muito ricos em gado, ouro, prata, criados, escravos, de volta à Canaã.
Mas, Era gado de mais e terra de menos, e isso foi o estopim de contendas entre os pastores do tio e os do sobrinho. Assim, finalmente, Abrão chegou ao último ponto da exigência de Deus: sair do meio da sua parentela. Deixou o sobrinho escolher, primeiro, os pastos. O sobrinho, com muita esperteza, escolheu os melhores, que eram pastos da Campina do Jordão. O Tio ficou com o resto, os pastos piores.
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SEPARAÇÃO ENTRE LÓ E ABRAÃOE, Deus não ficou somente nestas palavras, continuava lhe provocando: "A tua semente, Abrão, será como o pó da terra. Levanta-te e percorre com seus olhos essa terra, no seu comprimento e na sua largura, porque a ti darei". A partir desse ponto, o coração de Abrão não estava mais apenas nas suas posses. Deus queria despertar nele um novo sonho. Mas Abrão nem de longe pensava nisso, continuava frustrado. não sabendo que "Aquilo que nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam" I Coríntios 2:9. Creia nesta palavra.
Deus lhe apareceu pela quarta vez, e foi depois seu retorno da guerra que participou para resgatar o sobrinho e família, o tal das campinas do Jordão. Armado com 318 homens conseguiu recuperar tudo. Na volta deu o dízimo daquilo que foi recuperado. Agora ele tinha certeza de que por trás da sua prosperidade estava a boa mão de "El Shadai". Mas a guerra fez Abrão tremer. E, Deus apareceu para lhe dizer: " Não temas Abrão, eu sou o teu escudo ( segurança na guerra) e o teu grandíssimo galardão" O significado dessa palavra, galardão, para Abrão ainda era desconhecido.
E, foi nesta vez que Abrão abriu seu coração: "Senhor, me falta uma coisa para que esta casa seja feliz de verdade. Eu não tenho filhos, e o meu herdeiro vai ser o mordomo, o estrangeiro Eliezer. E veio a palavra do Senhor ao espírito de Abrão dizendo: "Este mordomo, não vai ser o teu herdeiro, mas aquele que gerar de ti será, este sim, o teu herdeiro".
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VIA LÁCTEA E O CRUZEIRO DO SULMinha vizinha, Andrea, recebeu da mesma bênção de Abrão. Ela, seu esposo e seus amigos oraram 17 anos por um filho. Certo dia, ela foi humilhada por outra vizinha que disse mais ou menos isso: "Cadê o seu Deus? Eu tenho dois filhos e você nenhum!" Sabe o que aconteceu? Passaram-se 17 anos. Quando veio 18º ano de casamento, Deus disse "Basta!" E lhe deu o primeiro filho. Um ano depois, uma filha. Um casal, herança de nosso Deus. Deus pisou na língua do diabo, e está bênção, depois de 18 anos de frustração, sempre alegre nossos corações.,
A essa altura, Abrão já possuia mais intimidade com o Senhor. Entretanto, ele também era uma pessoa apressada, não gostava de perder tempo. E quase pôs tudo a perder. Ouvindo os conselhos da esposa, achou poderia ter um filho com a escrava. E, Agar concebeu e deu o primeiro filho de Abrão, que foi Ismael, o pai do povo árabe. Mas filhos de escrava não tinham direito a herança. Isso, foi o resultado do que sempre acontece, quando trocamos a voz de Deus por conselhos racionais. O que Deus tem para nós são coisas grandes. É preciso crer nisso: Deus, não é deus de miséria. Ele nos ama.
Quando Ele fala, se formos fiéis, nosso espírito sentirá uma paz incomum. Quando a voz não é Dele, nosso coração fica com dúvidas. E, se decidirmos com dúvidas o maligno pode roubar nossas bênçãos verdadeiras. Abrão perdeu 14 anos de seu tempo por uma decisão errada. Ele seguiu a voz da razão porque achava loucura receber sua maior vitória no tempo da velhice.
Em Gênesis 17, Deus apareceu pela quinta vez a Abrão. Este era da idade de 99 anos. Sara, sua esposa, devia ter 89 anos. Um casal de velhos " gagás", como se diria hoje. Nesta oportunidade, Deus lhe cobrou santidade: "Eu sou o Deus Todo Poderoso; anda, Abrão, em minha presença e sê perfeito". Em seguida,trocou o nome dos dois. Agora, eram Abraão e Sara! A promessa de um filho, naquela idade, fora motivo de risos por parte dos dois. Risos de singela incredulidade. Eles ainda não acreditavam completamente. Foi aqui que Deus deu nome ao sonho de Abraão: ISAQUE!
Caro leitor, aqui, vamos fazer uma nova pausa. Antes de conhecermos completamente o poder de Deus, costumamos carregar lá no fundo do "baú" as mais diversas frustrações. Montanhas de impossibilidades. Dias desses postamos dois versículos no Orkut: Gênesis 18:14 "Há alguma coisa difícil para Deus realizar? E, Lucas 1:37 "Porque para Deus nada é impossível!" Esses dois versículos já tinham a ver com esta mensagem.
Na sexta o Senhor lhe apreceu pessoalmente, com dois anjos na forma de visitantes. Gênesis 18. Sara ainda tinha dúvidas. Deus veio para confirmar que dali a nove meses, a partir daquela visita, o ISAQUE IA CHEGAR. Também avisou a Abraão sobre a destruição de Sodoma e Gomorra. No capítulo 21, Isaque nasceu. Isaque significa riso. Riso, porque se alguém soubesse da história, com certeza riria. E cresceu o menino e Abraão fez um grande banquete no dia em que Isaque foi desmamado. Os risos da alegria verdadeira invadiram aquela casa. Ela deixou de ser uma tenda de velhos tristes e rabujentos para ser um lar radiante e barulhento. A "loucura" do que Deus pode fazer.
Isaquinho era o príncipe daquele lar. Abraão não tinha mais frustração. Não tinha mais sonhos. Isaque era tudo. Sua fé ainda não tinha sido posta à prova. Era um crente em Deus crescido no verão, em tempos de chuvas, em tempos de bênçãos. Ouro, prata, gado, criados, escravos e por fim, o Isaque. As lutas tinham sido até pequenas até ali.
E veio então a sétima vez que o Senhor lhe apareceu. E lhe pôs à prova.
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Rembrandt_Abraão, disse Deus, toma, agora, o teu único filho, Isaque, a quem amas e vai a terra de Moriá, e o sacrifica, e o oferece em holocausto a mim. Então, Abrão se levantou e foi cumprir a ordem de Deus. Só não a cumpriu, literalmente, porque o próprio Deus enviou um anjo para impedir.
Naqueles três dias, que caminharam até próximo do Monte Moriá, Abraão teve para meditar profundamente na gravidade do seu compromisso. Ele decidiu certo. Ia obedecer a ordem de Deus. Uma ordem cruel e duríssima. No seu coração ele tinha uma coisa: paz com Deus. Ele cria em Deus. O mesmo Deus que dava filhos a velhos gagás, proveria uma solução para o caso. Assim, chegou Abraão a conclusão de que Deus era tudo para ele. Lhe daria o primeiro lugar Isaque já estava no segundo plano. Tal atitude comoveu o coração de JEOVÁ. A fé de Abraão atingira a maturidade completa: chegara à perfeição, pois, agora, trocaria tudo para agradar e fazer a vontade de Deus. Abraão amava o Senhor de todo o coração.
Por causa da fé de Abraão, são abençoadas todas as famílias da terra. O Isaque simbolizava Jesus Cristo, o único filho do Deus Vivo, do Deus Altíssimo, do Deus Eterno, do Deus Todo Poderoso. Jesus descendia de Abraão. O seu sangue no sacrifício da cruz do calvário é o suficientemente necessário para que todos que nele crêem possam chegar diante do Pai e alcançar a paz da reconciliação.
E, uma vez reconciliados por Cristo, podemos confiar em seu amor. Se você apresentar a Ele, em oração, suas frustrações, suas feridas, suas limitações, suas quedas, saiba que Cristo pode trocar todas elas por sonhos e novas visões. Olhe, para o céu da noite e conte as estrelas. Seja fiel; Romanos 12:2 o Senhor cumprirá o desejo do seu coração; Salmo 37:4.
Nota:
Se o Espírito Santo tocou seu coração enquanto lia esta mensagem, lhe peço duas coisas: indique a leitura deste Blog para as pessoas do seu convívio. E, não se esqueça de deixar o seu comentário. Nós oramos para escrever, justamente, com o propósito de levar uma palavra de Deus para alguém que está precisando dela.
Autoria: Joao Cruzue
A cópia é livre , se mencionar o crédito.
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