sábado, 19 de setembro de 2009

Deus quer ser importunado por você

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" Lázaro - vem para fora!"
João Cruzué

Nossas necessidades cotidianas têm graus de atenção diferenciados. Dores diferentes. Lágrimas diferentes. Quebrantamentos diferentes. Vivendo em um mundo movido por consumismo e pressa somos inclinados a pedir apenas uma vez. Chorar apenas uma vez. Bem vindos à era do homus virtualis onde se vive cada vez mais solitário na grande aldeia virtual e global em que se tornou o mundo.

Um paradoxo. Podemos nos comunicar com o mundo pela via digital. Basta saber escrever em inglês, usar um teclado do computador para ter acesso a milhões, digo, bilhões de pessoas. Entretanto, enquanto as pontas de nossos dedos correm velozes sobre o teclado conhecendo e fazer amigos por Orkut, Twitter ou Facebook, parece que mais sozinhos ficamos isolados diante da tela fria de um monitor. Um monitor que funciona como uma parede, com olhos mas sem coração.

Muitos estão sozinhos em meio à multidão. Mudos.

O pão nosso de cada dia é variado. Saúde, aceitação, estudos, moradia, condução, segurança, vestuário, conforto, família, dinheiro, trabalho, emprego, futuro, enfim. Eu fico analisando. Vejo as pessoas apressadas pelas ruas e escadas do Metrô de São Paulo. O tempo passa depressa e a maioria das pessoas está correndo; querem voar; se pudesse se teletransportar. No entanto continuamos sendo os mesmos seres humanos desde o princípio. Carentes e dependentes.

Nós cristãos, uns mais outros menos, costumamos resolver nossos problemas em busca do pão cotidiano através da oração. Na verdade, também já nos acostumamos a pedir uma vez e depois nos calarmos. Mas não é assim que a palavra REAL de Jesus Cristo ensinou.

Se quisermos respostas e bênçãos para nossas necessidades o caminho, o meio, ainda não mudou. Temos que procurar. Buscar. Bater na porta de Deus. Insistir. A insistência, a inconveniência, a importunação, ainda são (foram) e serão os meios para se chegar diante do Trono da Graça de Deus.

E como é difícil se ajoelhar hoje, sozinhos diante de Deus, e iniciar uma oração. E há orações e orações. Repetecos frios e diálogos. Se quisermos mesmo vencer o mundo e andar sob a boa mão de Deus não há outra maneira: temos que manter um diálogo aberto com Deus até termos a intimidade necessária para chamá-lo de paizinho (aba pai).

Eu costumo escrever demais. Vou ficar por aqui. Até que ponto você vem insistindo com Deus? Apresente ao Senhor, em diálogo íntimo, seu rol de necessidades. Carências, ansiedades, medos, solidão. Ele, o nosso Cristo, fez uma promessa: Aquele que procura, acha; aquele que pede, recebe. E o que bate na porta, um dia vai achá-la aberta. Houve uma que se abriu para mim, depois de 11 anos. Conheci uma pessoa que esperou por mais de 40 anos. Eu tenho certeza que o Senhor também vai abri a porta que você precisa.

Não é hora para se emudecer, calar, mas de insistir. Até importunar.


cruzue@gmail.com


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segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Cuidando da Insatisfação dentro da Igreja evangélica

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Olhar
O corvo e a águia
João Cruzué

Quem é que ainda não reclamou ou comentou sobre alguma coisa dentro da sua Igreja, principalmente, nos dias atuais em que há muitas novidades e mais liberdade de costumes? A insatisfação é como uma moeda de duas faces. Se você não tomar cuidado, pode entrar por um caminho perigoso e perder a alegria da sua salvação.

É muito comum voltar da Igreja para casa, hoje, com um "cesto" de assuntos não muito cristãos, para dizer o mínimo. Boa parte dos crentes não está indo à casa de Deus para adorar, senão para observar e colher as (más)novidades. Conscientemente ou não.

Quando saímos da posição de adoradores para "observadores" as coisas se complicam. Primeiro isso não agrada a Deus. Seria como uma oferta defeituosa. Acho mesmo que nem oferta seria. Veio à mente uma imagem: mãos vazias. Depois cultuar de mãos vazias, parafraseando a Bíblia, seria como enterrar o único talento. Talento enterrado. Adoração negativa. Sem pensar nisso você estaria ofendendo a Deus indo ao culto sem nada para oferecer; entristecendo o Espírito Santo.

Uma atitude crítica com respeito à vida dos outros. Do pregador, do pastor, da mocidade, das senhoras, das crianças. Do estacionamento, do banco pouco confortável, do secretário, do irmão das conversas paralelas durante o culto. Um arsenal completo não da armadura do cristão, mas do crítico anticristão. Quem se age desta maneira dificilmente vai perceber que se comporta assim.

É por isso que muitos de nós não têm mais prazer de ir ao culto. Não ouve mais a voz de Deus nada dentro da Igreja. Já entristeceu tanto o Espírito Santo, que não recebe mais nada. E não recebe nada por que não veio oferecer nada. Outra imagem de pregações antigas: um vaso de boca para baixo.

Antes de mudar de Igreja, seria muito bom fazer uma pequena anamnésia. Por que eu estou insatisfeito com minha Igreja? Tenho sido um adorador ou um crítico? Minha vida é um sacrifício vivo de adoração a Deus ou só penso em adorar quando vou ao culto? Como estou diante de Deus? Carrego de volta para casa depois do culto tudo o vi de ruim ou ocupo meu tempo comentando como foi bom o culto? Dependendo da resposta, mesmo que mude de Igreja sua insatisfação vai segui-lo/a. E aí?

Eu não creio que seja fácil mudar um comportamento crítico enraizado. Eu me humilharia diante de Deus e evitaria conversar sobre assuntos da Igreja DIUTURNAMENTE com pessoas com o mesmo defeito. Hoje, com tanta liberdade, e tantas Igrejas, e tantos pastores, uma doutrina mais ortodoxa afasta pessoas. Muitas coisas são relevadas e não há, talvez, uma preocupação em ensinar e repisar este assunto. Outra imagem volta a minha mente: a oferta de Abel e a oferta de Caim.

Caim caiu da graça e chegou ao ponto de matar seu irmão por um problema acontecido na adoração. Não sei que tipo de oferta os dois levaram. Mas um deles pensou que eliminando o irmão iria resolver o problema da oferta. E o problema não estava o irmão, mas na forma de cultuar de Caim.

E assim, por causa da insatisfação você pode fazer muitas coisas. Acho que entre todas elas apenas é a melhor. Resolva este problema em oração com o Senhor Jesus. Converse com Ele. Chore na presença Dele. Desabafe suas mágoas e mesquinharias com Ele. Se você fizer assim vai resolver a raiz de muitos males. Se você é cristão e anda insatisfeito com tudo, principalmente com a sua Igreja, tome cuidado. Os santos da sua Igreja são mesmo pessoas com um variado leque de defeitos. A palavra de Deus pode limpá-los, deletá-los. Pedro perguntou: Senhor, até quantas vezes devo perdoar meu irmão - sete vezes? Ao que Jesus respondeu: Não apemas sete vezes, mas 70 x 7 - 490 vezes - por dia!

A falta de perdão é como a louça suja que vai acumulando na pia, dia após dia. Da mesma forma que produz uma insatisfação insuportável chegar em casa e verificar que tem louça por lavar há mais uma semana, um coração que tenha o mau hábito de guardar e comentar tudo o que de ruim se passa na Casa de Deus vai acabar mesmo muito insatisfeito, vazio do Espírito. Um vaso sujo, que precisa ser limpo pelo melhor bombril que existe: o perdão do Senhor Jesus Cristo.

Não dê "mole" para a insatisfação. As vítimas podem ser você e sua família.



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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Acredite outra vez

Mensagem de João Cruzué

"Há mais pessoas que desistem
do que pessoas que fracassam.
"
Henry Ford
João Cruzué

Fico pensando nas grandes surpresas que Deus preparou na vida de Moisés até transformá-lo em um lider abençoado e vitorioso. Moisés foi como uma águia nascida para voar bem alto sobre vales e montes, mas isso somente aconteceu depois de 80 anos. Tinha todas as probalidades para ser um velho rabugento e murmurador, mas longe disso, renovava suas forças quando ouvia a voz de Deus ordenando que ele continuasse. Quero dedicar essa mensagem a todos amigos que moram ou trabalham fora do Brasil. Desejamos que a presença do Senhor possa alegrar seu coração com essa leitura. "Let's carry on!"

Quando Moisés nasceu estava destinado à morte. Mas não foi morto. Sua mãe era uma mulher de oração. Quando todas as outras mães atiravam seus meninos no Nilo, para cumprir o decreto do faraó, ela não afogou seu filho. Ela cumpriu a lei, mas antes pôs Moisés num cesto. Aquele cesto vagando sobre as águas do Nilo tem um significado para hoje: são os cuidados constantes de u'a mãe por seus meninos na sua descida pelo "Nilo" de uma sociedade violenta, corrupta e podre.

Mas um cesto de junco afundaria em pouco tempo, encharcado. Cuidar com responsabilidade é bom, mas o betume do cest0 de Moisés são as orações de mãe. Por isso, a mãe que separa um tempo para orar diariamente pelos filhos agrada a Deus. Outro dia ouvi um Pastor criticando mulheres que passam o dia orando na Igreja enquanto seus filhos estão na rua com péssimas companhias. Fiquei pensando, se orando elas têm problemas - e que se dirá então das que ficam apenas em casa ralhando com os filhos para afugentá-los para rua?

Deus tem muitas promessas de bênçãos para nossos filhos, mas por outro lado o diabo está constantemente semeando o joio para destruir o cumprimento de cada uma delas. A mãe de Moisés foi criativa com o cesto, mas por que orava, ouviu a voz de Deus, por um pensamento que veio a sua mente, para não esquecer do betume. Quem se dedica na oração nunca é pego desprevenido. Recetemente, minha cunhada, uma mulher de oração, descobriu ao fazer exames num hospital de Belo- Horizonte, que sua taxa de glicose estava acima de 900. Se admiriaram de vê-la de pé e enxergando bem.

Você já examinou se os "cestos" de seus filhos não estão afundando?

E a história é bem conhecida, Moisés
foi encontrado pela filha do faraó, que por sua vez buscou uma ama para cuidar e amamentar Moisés. Outra vez, aquela mãe que cuidava e sempre orava, teve Moisés de volta. Ninguém mais poderia agora afogá-lo no rio, ao mesmo tempo que da casa do faraó saia o sustento de pão para todos. Moisés cresceu e foi instruído em toda ciência do Egito e nas artes da guerra. Estava no auge da sua força física quando foi visitar o povo judeu, certamente já sabedor da sua origem. Naquela época, já era conhecedor das promessas de Deus para sua vida, de que seria o libertador de Israel. Procurou iniciar a libertação pela força das armas, mas não era pela força nem pela violência, que Israel seria liberto.

A primeira grande surpresa foi que ao nascer Moisés era formoso de aparência. A segunda surpresa foi que em lugar de ter morrido afogado, ele cresceu, estudou e se formou nos palácios do faraó. A terceira surpresa foi quando tentou usar a força para libertar Israel, teve que fugir do Egito para não ser morto. A temporada de mudanças começara. Do palácio ao deserto, uma mudança e tanto.

Para você que está longe do Brasil anime-se, é mais fácil encontrar presença de Deus no deserto que no conforto dos palácios, da casa dos pais, dos familiares...
O versículo adequado para esse deserto é Jeremias 33:3: " Clama a mim, e responder-te-ei, e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes - que não sabes" isso aconteceu com os maiores personagens bíblicos, desde Abraão. Prepare-se andar nos propósitos de Deus. A verdadeira prosperidade é espiritual, em decorrência dela vem a prosperidade financeira definitiva. O que Deus lhe der, ninguém vai tirar. Por isso busque a presença do Senhor - sistematicamente. Isto significa, fora com as "baladas" e amizades duvidosos que vão tirar você do alvo. Então, vamos voltar ao assunto principal.

Quarenta anos se passaram. Dos palácios do Egito para a poeira o sol do deserto e frio da noite no Sinai. Quem diria? Promessas de Deus depois de tanto tempo... não pensava mais nisso. Mas aí veio a última e grande surpresa: no terço final da sua vida, com oitenta anos, Deus aparece na sarsa ardente e convoca Moisés para voltar ao Egito e libertar o Povo de Israel. Daquela antiga força, só restava o desânimo.

-Vem Moisés e eu te enviarei! Disse Deus.

-Não Senhor, eu não sou libertador de coisa nenhuma. Não acredito mais em velhas promessas. Agora sou apenas um velho, e se eu for, o povo vai se rir de min, vão me achar um louco com uma bengala de apoio nas mãos. Não quero ir, não estou mais interessado, por mim Israel pode continuar escravo pelo resto da vida. Escolha outro para ir em meu lugar.

Nessa altura, Deus se irritou com Moisés e o forçou a descer ao Egito.

E, dois velhos gagás desceram ao Egito: Moisés com 80 anos e Arão com 83. Milhares de jovens judeus estavam lá, mas a promessa do libertador de Israel era para um velho: Moisés. Deus tinha um plano especial com Moisés - e operando Deus, quem impediria?

E o plano do Senhor para sua vida ainda está de pé.

Ao chegar no Egito, Moisés e Arão, foram primeiro convencer o povo escravo de que Deus estava atento ao clamor deles, que estava ciente daquela horrível escravidão. Tendo convencido o povo, foram ao palácio do faraó.

-Faraó, o Deus de Israel encontrou seu povo e quer que saiamos ao deserto para celebrar uma festa para Ele. E o faraó respondeu: Quem é o senhor cuja cuja voz ouvirei para deixar ir o povo? Não conheço esse Deus e não deixarei o povo ir. E disse mais faraó: Esse povo está ocioso, é por isto que inventaram essa história de celebrar festa no deserto. Antes se fornecia palha para fazer os tijolos, agora que se virem e também arranjem a palha. E a quota da produção diária dos tijolos sera exigida. Se não cumpri-la mandarei açoitar os líderes do povo. E Parem de pertubar o trabalho dos outros.

E foi assim que deu tudo errado. A escravidão piorou com os açoites e o excesso de trabalho. Assim, até o proprio povo judeu se amargurou contra Moisés, porque diziam: A espada que faltava para faraó nos matar, você Moisés, com essa história de Deus, acabou de arranjar.

E tendo Moisés ido orar e reclamar com Deus, ouviu novamente o Senhor dizer: Vai Moisés, para de reclamar e entra de novo no palácio e dize a Faraó: Deixa o povo de Israel sair da sua terra.

- Mas Senhor, se nem o povo de Israel acredita em mim, como vai me ouvir o faraó? Vai Moisés, agora vou te por por Deus de faraó e Arão, seu irmão, será o teu profeta.

E ele foi. Desanimado, desacreditado, mas foi. E falou a faraó. E a certa altura do seu encontro com faraó, três cobras rastejavam pelo chão do palácio. Uma era de Moisés e duas dos feiticeiros do faraó. E aconteceu que estando faraó e seus súditos certos do masacre, a cobra de Moisés engoliu as outras duas. E naquele dia, Moisés voltou para casa alegre e pelo caminho conversava com Arão.

-Você viu Moisés como os magos do egito também sabem transformar varas em cobras?

-Sim Arão, mas isto não me preocupa mais, porque hoje eu vi uma outra coisa.

-O que foi que você viu Moisés?

-Eu Vi que , hoje, o Senhor começou mudar minha vida. A partir do momento que as duas cobras de faraó foram engolidas, deixei de ser um velho derrotado e estou pronto para sonhar de novo, porque agora sei que o Senhor vai cumprir todas as promessas Dele em minha vida.

E foi assim que o menino do cestinho betumado veio a ser o Libertador de Israel. Aquele que depois de velho, foi escolhido e teve o privilégio, a honra, de por o pé sobre o "pescoço" do faraó - Deus do Egito - e tirar o povo da escravidão fortalecido pela mão do Senhor.

Isaías 40:30-31:
"Os jovens se cansarão e se fatigarão, e os jovens certamente cairão. Mas os que esperam no SENHOR renovarão as suas forças e subirão com asas como águias; correrão e não se cansarão; caminharão e não se fatigarão".


Acredite sempre na próxima oportunidade.



autoria: João Cruzué

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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Segura a minha mão, Paizinho

João Cruzué

Eu creio que para a maioria das pessoas a segunda-feira é um dia aborrecido. Principalmente, se você estiver no trânsito caótico da Capital Paulista. Mas, hoje trabalhei perto de casa, e, por isso, esta segunda não está com cara de "segunda-feira". Bem, deixando de lado este "inbroglio" de tantas segundas-feiras, um fato muito especial chamou-me a atenção no final do dia, quando eu voltava, já bem perto de casa. Subindo uma ladeira estreita, eu vi um pai passeando com sua filhinha, ainda bem pequena. Ao passar por eles, ouvi aquela menininha dizendo algo que chamou minha atenção. Ela falou assim: "Segura minha mão, paizinho."

Eu sei que Deus pode falar de várias maneiras, mas ainda não tinha visto Deus falar por uma cena como aquela. Um pai passeando com a filha, e quando ela se viu de mãozinha solta, com medo de cair ela clamou: "Segura a minha mão, paizinho."

Era um pai ainda muito joven, talvez não tivesse 20 anos. Estava todo orgulhoso, falante, era alto, mas se inclinava quase ao chão para se comunicar com palavras carinhosas àquele pingo de gente. Ela, ousada, corajosa, caminhava ladeira acima mudando os passinhos muito devagar. O carinho e a comunicação dele ao lado da filhinha, trouxe-me muita admiração. Admiração, pois não é todo dia que se vê isto por São Paulo, terra que já foi da garoa, mas que hoje é da pressa, do trânsito caótico e da falta de tempo.

Eu fiquei imaginando: que bênção é ter menos de dois aninhos. Com esta idade tudo é novo, tudo é atraente; os pais então são como Deus, fortes, destemidos e maravilhosos. Ao lado deles não há o que temer. Eu imagino que, nesta idade, não se perceba as dificuldades da vida nem o que vai pela mente de um pai, ainda mais quando este pai está caminhando ao seu lado, protegendo, incentivando, conduzindo. Tempos um pouco mais tarde, já vai caminhar sozinha, e ninguém mais ouvirá de sua boca aquelas palavras que hoje ouvi. Pelo menos enquanto estiver de pé.

Lembro-me também de meu pai em minhas primeiras lembranças, era alto, carinhoso, alegre, e sempre que vinha da "Rua" não se esquecia de nos trazer pão. Depois cresci; jovem ainda tornei-me um crente e descobri a bondade Pai Celestial. Deus para mim não um pai vingativo, iracundo, espancador, bêbado ou hipócrita. É o Pai que se agrada de ser chamado de Paizinho (aba Pai), que está disposto a segurar nossa mão para nos erguer e conduzir através das ladeiras e vales da vida.

Assim, como aquele jovem pai que hoje à tarde se desmanchava em cuidados e palavras de amor para sua filhinha, muito mais é o amor de nosso Deus e Pai celestial. Se em algum lugar da vida você tropeçou e caiu, se o chão tiver lhe provocado feridas, e elas ainda estão abertas por ter se recusado a segurar na mão Dele, lembre-se de que Deus ainda ama você. Ele não vai levar em conta tudo o que você já falou, xingou ou pensou dele. Basta que lhe peça com voz sincera: Segura a minha mão, Paizinho!

Link de Mensagens de João Cruzué


cruzue@gmail.com

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terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Accountability

Jesus tentation
A tentação de Jesus
João Cruzué

Accountability é uma palavra inglesa que não encontra um vocábulo correspondente na língua portuguesa; significa mais ou menos o ato ou dever de prestar contas de alguma coisa recebida que não é de nossa propriedade. Um atributo positivo no caráter de uma pessoa, de uma liderança e principalmente de um cristão. Quero escrever um texto que conte o que vai acontecer quando o SENHOR dos mordomos voltar, analisando a situação da Igreja em nossos dias.

E disse o SENHOR: Qual é, pois, o mordomo fiel e prudente, a quem o senhor pôs sobre os seus servos, para lhes dar a tempo a ração? Bem-aventurado aquele servo a quem o seu senhor, quando vier, achar fazendo assim. Em verdade vos digo que sobre todos os seus bens o porá. Mas, se aquele servo disser em seu coração: O meu senhor tarda em vir; e começar a espancar os criados e criadas, e a comer, e a beber, e a embriagar-se, Virá o senhor daquele servo no dia em que o não espera, e numa hora que ele não sabe, e separá-lo-á, e lhe dará a sua parte com os infiéis. Lucas 12:42 a 45.

Parafraseando alguns sábios pastores que usam uma figura de linguagem bem humorada: Aqui no Brasil não existem problemas de 'accountability', mas lá fora acontece muito. Então vou relatar casos que acontecem "lá fora", mas que graças a Deus no Brasil "não" tem.

E nada melhor para ilustrar o texto que este "causo" muito conhecido entre as pessoas do interior. Um dos muitos causos de Jesus e São Pedro.

Conta-se que Jesus e Pedro estavam viajando. E certa tarde, aproximaram-se de uma casa muito humilde, desejando passar à noite, e com fome, decidiram bater na porta.

Um homem muito simples, sozinho e triste abriu-a. Pedro Pediu pousada e alguma coisa para comerem. Então aquele homem saiu ao terreiro, para pegar algo para servir aos hóspedes. Ele tinha apenas uma galinha e dois frangos. Trouxe um deles, cozinhou e serviu. São Pedro ficou admirado da generosidade daquele homem. Cearam. dormiram. E no outro dia seguiram viagem.

--SENHOR, não podemos ir embora sem abençoar aquele homem. ...Ele é muito humilde, pobre, mas generoso; não pensou duas vezes em nos servir uma de suas poucas aves. O Senhor precisa abençoar este homem - insistiu.

--Pedro, Pedro! Está julgando só pelas aparência. Ainda é muito cedo para dizer se ele é tão virtuoso assim...

--SENHOR, não poderia estar enganado? Como pode um bom homem como este se transformar do vinho para a água só por causa de uma benção?

E assim Jesus orou e abençoou o homem humilde, sozinho, triste que morava numa casinha pobre. E o tempo passou.

Muitos anos depois, São Pedro e Jesus tornaram a passar no mesmo lugar. Em lugar da casinha humilde, havia uma casa enorme, assobradada, com alpendre, com muitos quartos e muitas janelas. No terreiro não havia apenas galinhas. Tinha muitos bois no pasto, carneiros e cavalos por todo lado. O abençoado não estava mais só, tinha família: uma esposa, filhos e filhas, além de muitos empregados.

Tão logo avistou aqueles dois viajantes vindo com certeza para pousar em sua casa, gritou para um empregado.

Fulano! Veja o que aqueles dois VAGABUNDOS estão quereno!

Não vou contar o resto, pois você já deve ter ouvido contar sobre a "recepção" de Jesus e São Pedro. Antes da ceia, já perto da meia noite, subiu um empregado (a mando do patrão) para dar uma surra em quem estive deitado na beirada da cama. E como não tivesse acontecido nada, a ceia chegou pelas mãos de outro empregado.

Como só havia uma cama no quarto, ressabiado, São Pedro pediu para trocar de lugar com Jesus Cristo. Pedro foi para o canto e Jesus veio para a beirada. Uma hora depois da ceia, lá vem outra vez o serviçal com o chicote nas mãos. Desta vez, com instruções para "pegar" o que estava deitado no canto.

No outro dia com muitos vergões nas costas Pedro comentou com Jesus: O Senhor estava certo ,quando eu teimei para que orasse para prosperar este homem. Ele já não é mais o mesmo!

E assim tem acontecido com muitas lideranças evangélicas em nossos dias.

Lá "fora", pois aqui no Brasil graças a Deus nós "não" temos isso.

Homens e mulheres que no passado eram pastores e esposas muito humildes...moravam em casinhas simples, pobres, andavam a pé, longas distâncias para dirigir cultos, fazer visitas. E Deus ouviu muitas orações do tipo: Abençoa Senhor! Abençoa Senhor! Abençoa Senhor. E o Senhor abençoou, abençoou, e abençoou mesmo.

E não contentes com as bênçãos, tiveram começaram a ter inveja dos ímpios. Fundaram empresas pessoais com o dinheiro da Igreja, compraram fazendas, criaram cavalos, compraram grandes mansões com piscinas perto dos ímpios, buscaram cargos políticos... E continuando a ter inveja dos ímpios, aprenderam a pendurar os filhos e parentes (fantasmas) nas folhas públicas. Trocando a paixão pelas almas pela ganância pelo dinheiro, espoliação as ovelhas. sem dó.

Hoje estão gordos e abastados, mas não satisfeitos.

Mas o dia da prestação de contas vai chegar! Está tudo escrito no capítulo 25 do Evangelho em Mateus